SERMÃO EM 1 SAMUEL 25.2-42
TEMA: A SAGA DE UM CASAMENTO TURBULENTO
INTRODUÇÃO:
A fábula: Três moças estavam no inferno, e fizeram uma ligação para casa. A primeira falou uma hora e passou no caixa e pagou R$ 1.200,00. A segunda, falou, lamentou, chorou durante duas horas e pagou R$ 3.500,00. A terceira falou ainda mais. Na hora de pagar a conta, a atende disse: “Não é nada”. Mas, como? Perguntou a terceira moça. É que ligação local aqui é de graça. Sua casa era o verdadeiro inferno!
O texto que lemos pode ser sintetizado em três frases: 1) A loucura de um homem; 2) A fúria de um rei; 3) A sabedoria de uma mulher.
Abigail era uma moça bonita por fora e por dentro (v. 3). Mas fez um casamento errado. Por que ela se casou com Nabal? Por que seus pais a entregaram para este homem? Será por que ele era rico? Por que ela não viu quem ele era antes de se casar? Cuidado moça, cuidado rapaz com quem você vai se casar! É um ledo engano pensar que dinheiro pode fazer um casamento feliz. Casar por interesse financeiro é uma insensatez.
O casamento de Abigail com Nabal foi um casamento turbulento. Vamos ver as razões.
I. UM CASAMENTO TURBULENTO ACONTECE QUANDO AS PESSOAS NÃO APROVEITAM AS OPORTUNIDADES – v. 2,3.
Nabal tinha tudo para ser um homem feliz e bem-aventurado na vida conjugal e familiar. Vejamos três fatores que poderiam levá-lo a isso:
Ele procedia de uma família nobre e piedosa (v. 3a)
Nabal era da família de Calebe. Esse foi um grande homem, um grande líder e um grande exemplo para sua nação. Foi um dos espias que ousou crer em Deus e ao lado de Josué foi o único que saiu do Egito e entrou na terra prometida.
Nabal era um ramo podre de um tronco saudável. Ele procedia de uma família piedosa, mas desprezou e pisou na herança e legado recebido de sua família. Ele escarneceu dos valores espirituais e morais da família. Seguiu um caminho de trevas, mesmo tendo luz na família. Deixou o exemplo dos pais e enveredou-se pelos atalhos do erro.
Há muitas pessoas ainda hoje que jogaram fora os princípios em que foram criados. Abandonaram a igreja. Desobedeceram os pais e hoje, colhem os frutos amargos de sua semeadura infeliz.
Ele possuía uma esposa maravilhosa (v. 3)
Abigail era uma mulher sensata e formosa. Ela era bela por fora e por dentro. Ela tinha beleza e caráter. Ela tinha conhecimento e piedade. A Bíblia diz que a esposa prudente vem do Senhor (Pv 19.14). A Bíblia diz que uma mulher virtuosa vale mais do que riquezas (Pv 31.10,11). Nabal não valorizou a esposa que tinha. Há muitos homens que não valorizam a esposa. Tratam-na com amargura. Agridem-na com palavras e atitudes. Outros só valorizam o cônjuge quando o perdem.
Ele era um homem rico e abastado (v. 2)
Nabal tinha o privilégio de ser o homem mais rico da sua região. Ele era um grande fazendeiro. Tinha muitas ovelhas e servos. Vivia no conforto e no luxo, mas era infeliz. A Bíblia diz que a vida de um homem não consiste apenas na quantidade de bens que ele possui (Lc 12.15). Há muitas famílias mais apegadas ao dinheiro do que às pessoas. Destroem relacionamentos para alcançar mais dinheiro. O dinheiro hoje é um dos principais motivos da guerra na família. As pessoas brigam por causa do dinheiro: porque têm dinheiro, porque têm pouco dinheiro ou porque não têm dinheiro nenhum. Os casais mais felizes não são os casais mais ricos. As pessoas mais felizes chegam em casa com cheiro de graxa. Coisas não substituem relacionamentos.
II. UM CASAMENTO TURBULENTO ACONTECE QUANDO OS ABSOLUTOS MORAIS SÃO DESPREZADOS
A vida de Nabal foi uma tragédia. Ele, tendo tantos motivos para ser grato a Deus e viver uma vida familiar feliz, estragou tudo com suas próprias mãos. Podemos ver alguns traços da sua personalidade:
Ele era um homem rude na comunicação (v. 3,17)
Ele tinha um temperamento insuportável (3,27)
Ele era um homem avarento, egoísta e ingrato (v. 14,21)
Ele tinha mania de grandeza (v. 36)
Ele era um homem beberrão (v. 36)
Ele era um homem louco, filho do maligno (v. 3,17,25).
Mediante esse perfil, queremos extrair algumas lições:
Apenas o dinheiro não constrói uma família feliz
Nabal era um homem rico e abastado (v. 2). Ele era próspero (v. 6) e tinha muitos bens. Mesmo sendo o homem mais rico da região, ele ainda queria aparentar mais do que era. Ele tinha a síndrome de rei (v. 36). Ele tinha muito e gastava muito, dando banquetes de rei, sem ser rei. Ele ostentava sua riqueza e tentava passar a imagem que ele tinha mais do que na verdade possuía. Ele tinha muito e esbanjava muito quando se tratava de desfrutar do seu próprio conforto e prazer.
A Bíblia diz que o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males. Quem quer ficar rico cai em muitas ciladas e atormenta sua alma com muitos flagelos. As pessoas mais felizes não são as mais ricas. O dinheiro divide, o dinheiro separa. Pessoas se casam, se divorciam, matam, morrem, corrompem e são corrompidas por causa do dinheiro. Pessoas abafam a voz da consciência e até vendem a alma ao diabo por causa do dinheiro.
Ninguém é mais feliz por morar numa casa maior ou andar num carro mais bonito. Nabal era rico, mas infeliz. Nabal desprezava a Deus, amava o dinheiro e pisava nas pessoas. O dinheiro era o seu deus.
Viver de aparência é uma grande tolice (v. 36)
Nabal deu festa de rei sem ser rei. Nabal era o tipo de gente que gosta de impressionar, que vive de aparência, que gasta o que não tem para mostrar o que não é. O dinheiro de Nabal só servia para ele fazer farra. Ele só pensava nele mesmo. Nabal era avarento. Tudo o que ele possuía era dele e para ele (v. 11).
Há pessoas que estão mais preocupadas com a opinião dos outros do que com sua própria vida. Estão mais preocupadas em impressionar os de fora do que cuidar dos de dentro de casa. Há pessoas que vivem ostentando uma vida que não podem levar, colocando o chapéu num lugar que não podem alcançar, vivendo um padrão de vida além do que podem pagar.
Há pessoas que se atolam em dívidas, perdem o equilíbrio financeiro comprando o que não precisam, com o dinheiro que não têm, para impressionar as pessoas que não conhecem.
Sem comunicação a família se arrebenta
Há duas coisas que merecem destaque na vida de Nabal.
Em primeiro lugar, ele tinha um temperamento insuportável (v. 3). Ele era duro e maligno em todo o seu trato. Nabal era um homem azedo, sem óleo, nervoso e explosivo. Ele era um tipo casca grossa. Algumas pessoas conseguem ser hipócrita em público, mas são duros em casa. Outros são duros com os de fora, e amáveis em casa. Mas, Nabal era duro em todo o seu trato. Ele era duro em todo o tempo, com todas as pessoas.
Ilustração:
1) A troca de coices – “Olha, o milho! Quer dona?” Não, milho é comida de porco. Mas serve para burro também dona”.
2) Dona Beija – Cada um dá o que tem.
Em segundo lugar, ele era um homem incomunicável (v. 17). Não há quem lhe possa falar. Nabal era um homem rude e indelicado. Vivia dando patadas para todo o lado. Não havia diálogo com ele. Só abria a boca para amaldiçoar, gritar, xingar, falar impropérios, acusar, humilhar e ferir as pessoas. O divórcio é a morte do diálogo. Quantos casamentos destruídos por causa de uma comunicação doente. O livro de Provérbios diz: “A morte e a vida estão no poder da língua” (Pv 18.21). Quantos casamentos feridos! Quantos casais mergulhados em agressões verbais ou num silêncio gelado. Sem comunicação saudável não há casamento feliz. Ilustração: A garrafada milagrosa.
A ingratidão, a injustiça e a avareza pavimentam o caminho do desastre (v. 14,21)
Davi e seus seiscentos homens haviam abençoado a Nabal protegendo seus homens e seus rebanhos (v. 7,15,16). Haviam sido muros de proteção para seus homens e suas ovelhas. Agora, Davi gentilmente lhe pede ajuda (v. 8). Nabal trata os emissários de Davi com grosseria, humilhando-os (v. 10,11).
Nabal tem prazer de denegrir a imagem das outras pessoas – Ele aproveita para humilhar Davi e jogar lama no seu rosto.
Nabal é um homem ingrato – ele paga o bem com o mal (v. 21).
Nabal é um homem injusto – ele disparatou, destratou e humilhou os homens de Davi (v. 14).
É duro você viver com uma pessoa que não valoriza você. Que não reconhece seus esforços, suas virtudes. Gente que não sabe dizer OBRIGADO. Filhos que nunca agradecem aos pais. Maridos que nunca reconhecem o trabalho da esposa. Esposas que só sabem cobrar do marido. Gente que só vive reclamando da casa que mora, da roupa que veste, da comida que come, da família que tem, da igreja que freqüentam.
A ingratidão machuca as pessoas. Tem gente que só gosta de ser abençoado, mas não gosta de abençoar. Gosta de receber ajuda, mas não gosta de ajudar. Gosta de ser elogiado, mas não gosta de elogiar.
d) Nabal era um homem avarento – toda a sua riqueza é dele, para ele, para esbanjar consigo mesmo (v. 11). Não usa o que tem para abençoar aos outros. Não socorre ninguém na aflição. Não estende a mão para ajudar o necessitado à sua porta. O dinheiro é seu deus. Tudo que tem é dele e para ele: “Meu pão, minha água, minhas reses”. Deus nos dá em abundância não para armazenarmos apenas para nós mesmos. Devemos repartir o muito do que Deus tem dado a nós. A semente que se multiplica não é a que comemos, mas a que semeamos. “Mais bem-aventurado é dar do que receber” (At 20.35).
A bebedeira é uma porta de entrada para a tragédia (v. 36)
Nabal associa a embriaguez com gastos excessivos. Esses dois comportamentos arrasam qualquer família. Morar com uma pessoa alcoolista dentro de casa é um inferno. Ter que carregar um pai, um filho, um irmão bêbado da rua, do botequim para casa é humilhante. Conviver com uma pessoa que tem compulsão para comprar é outro transtorno.
Nabal bebe sem controle – Ele estava muito embriagado. O álcool é um ladrão de cérebro. Ele é depressivo. Ele tira o bom senso. Ele destrói a pessoa por dentro e por fora. Ele inunda toda a família num charco de sofrimento. Ilustração: A lenda árabe da parreira de Uva – Satanás regou a parreira com o sangue do pavão, do leão, do macaco e do porco.
Nabal bebe na hora da crise – Muitos tentam fugir dos problemas mergulhando-se no fundo de uma garrafa. A morte estava sendo lavrada para ele e sua casa, e ele estava farreando. Foi assim também com o rei Belsazar.
A falta do temor de Deus é o caminho da loucura e da morte (v. 3,17,37-39)
Nabal era filho de Belial. 2Coríntios 6.15 o termo é traduzido por filho do maligno. Na LXX é traduzido como “homem cão”.
Nabal era um homem possesso (v. 17).
Ele já não coordenava mais seus pensamentos com lucidez. Ele era um homem louco (v. 25).
Ele era um homem propenso para o mal – era maligno (v. 3).
Ele atraía maldição para a família – todos seriam mortos se sua mulher não agisse com pressa e sabedoria (v. 17).
Nabal era um homem dominado pelo maligno. O diabo tem entrado em muitas famílias e destruído a alegria, o diálogo, o respeito, a saúde e a paz da família.
O fim de Nabal foi trágico (v. 26-39). Ele não se arrependeu. Deus o matou. Ele colheu o que plantou. Ninguém chorou sua morte (v. 1 e 38,39). Tudo aquilo que ele ajuntou de nada lhe valeu. Ele não levou sequer uma ovelha. Ele negou dar a Davi uma refeição e agora toda a sua riqueza pertence a Davi, pois este se casou com sua mulher. O ímpio acumula para o justo. Reter mais do que é justo é pura perda. A avareza empobrece, mas a alma generosa, essa prosperará.
III. UM CASAMENTO TURBULENTO PRECISA DE PESSOAS SENSATAS NO CONTROLE.
Abigail mesmo tendo um marido avarento, briguento, louco, bêbado, e possesso, age com sabedoria e urgência para salvar sua família. A Bíblia elenca várias virtudes dessa mulher:
Ela é sensata e formosa (v. 2)
Ela é acessível e comunicável (v. 14)
Ela é sábia (v. 18,24)
Ela é discreta (v. 19,36)
Ela é humilde (v. 23,41)
Ela é prudente (v. 25,26,27,30,31)
Ela é temente a Deus (v. 32)
Queremos destacar algumas lições importantes para salvar um casamento em crise.
Na hora da crise não se pode negociar o princípio da fidelidade conjugal (v. 36)
Você já pensou em sair de casa, abandonar tudo e acabar com o seu casamento? Você acha que Abigail tinha motivos para abandonar Nabal, um homem avarento, briguento, louco, bêbado, ingrato, e insolente? O que ela fez? Fugiu? Traiu seu marido? Não, ela voltou para seu marido. Ilustração: Ruth Graham.
Você ficaria com um homem assim? Maligno, incomunicável, beberrão, farrista, genioso e ingrato? Hoje, por razões muito menores as famílias estão se desintegrando.
Qual conselho você daria para uma pessoa nessas condições?
As novelas – Diriam que Abigail deveria arranjar outro homem.
A sociedade contemporânea – Diria que ela deveria ter um caso extraconjugal para suprir suas necessidades.
Mas a Bíblia – Diz que Abigail voltou para Nabal (v. 36). Ela é fiel a seu marido. Ela não perde a cabeça nem negocia seus valores absolutos.
Na hora da crise é preciso ter pressa para salvar a família (v. 18,23,34,42)
Quando Abigail ouviu dizer que a tragédia estava decretada sobre o seu lar, ela começou a agir com prontidão. Ela pensou rápido. Ela agiu com pressa. Ela correu para salvar sua família.
Muitos na crise racionalizam, dizendo: “Agora não tem mais jeito”. “Eu estou decepcionado(a) com meu cônjuge”. “Eu fui muito ferido(a) e não posso perdoar o meu cônjuge”. “O amor secou, morreu e não faz mais sentido investir no meu casamento”.
Abigail elaborou um plano. Correu. Agiu. Intercedeu. Assumiu a culpa. Reconheceu o problema. Aplacou a ira de Davi. Impediu que uma tragédia desabasse sobre sua casa. Evitou a morte do seu marido.
A mulher sábia edifica a sua casa.
Ilustração: Eli não teve pressa para salvar os seus filhos.
Na hora da crise é preciso ter uma postura de humildade (v. 23,24,41)
Abigail se prostrou e disse a Davi: “Caia a culpa sobre mim” (v. 24). Mas, não era Nabal o culpado? Não era ele o beberrão, o incomunicável, o maligno?
Geralmente quando ouvimos hoje o problema da família, a culpa é dos outros. É a síndrome do Éden: “Adão, onde estás?” É a mulher que tu me deste! Eva? É a serpente! Estamos sempre transferindo a culpa para alguém.
Abigail não chega pedindo para Davi dar uma surra no seu marido nem chega repreendendo Davi pelo seu exagero de sair com 400 homens armados para matar seu marido (v. 23).
A Bíblia diz que a palavra branda desviar o furor. Abigail usa a palavra “tua serva” seis vezes e “meu senhor” oito vezes no texto! Embora ela conhecesse os graves erros do marido, se identifica com ele, chama a culpa para si e protege seu marido para salvá-lo.
Você tem sido humilde assim para salvar seu casamento e sua família?
Na hora da crise é preciso ter uma atitude de sabedoria, discrição e prudência (v. 33)
Abigail era um compêndio de sabedoria. A loucura do seu marido não destruiu a sua sensatez.
Na hora das dificuldades da família ela é procurada (v. 17) – Abigail era uma mulher acessível. Ela era uma mulher aberta ao diálogo. Os servos de Nabal não vão procurá-lo na hora da crise, mas correm para Abigail para buscarem nela uma orientação.
Ela age com pressa e com discrição (v. 18,19) – Abigail não se apavora, não fica inativa e petrificada como o marido diante da crise. Ela age e age com pressa e discrição. Ela sabe a hora certa de falar e a hora de agir. Ela sabe quando deve falar, como deve falar e quando deve guardar silêncio. Ela saiu calada (v. 19) e voltou em silêncio (v. 36). Ela demonstrou controle emocional.
Ela faz um discurso eloqüente e irresistível (v. 24-26) – Nabal era incomunicável e duro no trato. Sua língua era um veneno. Mas Abigail tem palavras de sabedoria. Seu discurso foi planejado. Ela demonstrou conhecimento da Palavra, dos acontecimentos e da psicologia humana.
Ela demonstrou profunda generosidade (v. 18,27) – Enquanto seu marido era avarento e egoísta, Abigail era uma mulher generosa. Ela reconhece que nenhum sacrifício é grande demais quanto se trata de salvar a família. Ela oferece a Davi o que seu marido negou a ele (Pv 18.16).
Ela se põe na brecha como pacificadora (v. 26,28) – Abigail jogou água na fervura. Ela apagou as chamas do ódio de Davi. Ela acalmou os ânimos de quatrocentos homens que estavam com gosto de sangue na boca. Ela aplacou a ira de um exército. Ela desfez uma guerra iminente. Ela deu conselhos sábios ao rei. Ela evitou uma tragédia. Impediu o derramamento de sangue. Ela salvou seu marido e sua casa.
Ela alcançou êxito em seu propósito de salvar sua família da tragédia (v. 32-35) – Abigail é elogiada (v. 33); Deus é exaltado (v. 32); o mal é estancado (v. 33); a paz é estabelecida (v. 35).
Na hora de crise é preciso colocar a confiança plenamente em Deus (v. 26,30)
Abigail podia confiar no seu dinheiro (v. 2) – Ela era a mulher do homem mais rico da região. Na sua casa havia abundância de bens. Mas, sua confiança não estava no dinheiro.
Abigail podia confiar na sua beleza (v. 3) – Abigail sabia que vã é a graça e a formosura, mas a mulher que teme ao Senhor essa será louvada. Abigail cuidava mais da sua beleza interna do que da sua beleza externa. Há mulheres que gastam mais tempo diante do espelho do que diante da Palavra. Que cuidam mais da aparência do que do coração.
Abigail coloca sua confiança unicamente em Deus (v. 26-33) – Abigail sabia que é Deus quem faz a casa ficar firme (v. 28); é Deus que é o nosso refúgio nas turbulências da vida (v. 29). Abigail sabia que Deus é fiel em suas promessas (v. 30). Abigail é uma mulher de fé que toma posse da vitória antecipadamente (v. 26,33). Para Abigail, Deus é o Deus vivo (v. 26). Ele é o Senhor que intervém (v. 26,28). A Bíblia diz que se o Senhor não edificar a casa em vão trabalham os que a edificam (Sl 127.1). Precisamos de famílias que se voltem para Deus e ousem crer que Deus ama a família e tem um projeto vitorioso para ela. A crise não dura para sempre. O choro pode durar uma noite inteira, mas a alegria vem pela manhã.
CONCLUSÃO
Enquanto Nabal, seu marido viveu, Abigail o honrou. Não o traiu nem o abandonou. Porque seu marido não se arrependeu, Deus o tirou do caminho dela. Deus o feriu e ele morreu.
O rei a pediu em casamento. Ela se casou com Davi, o maior rei de Israel. Ela se humilhou e Deus a exaltou. Ela tornou-se mãe de príncipes.
A história termina com um final feliz. Nabal não valorizou sua mulher. Ele não deu o valor que ela merecia. Então, o rei a viu e a valorizou. E Abigail é hoje uma mulher conhecida no mundo inteiro, mesmo depois de três mil anos de história.
Se houve esperança para Abigail, também há esperança para você. Como Davi disse para Abigail, também digo para você: “Sobe em paz para a tua casa” (v. 35).
Hernandes Dias Lopes, natural de Nova Venécia-ES. Casado com Udemilta Pimentel Lopes, pai de Mariana e Thiago, a nora Renata, o genro Rafael, o neto Bento e a neta Chloe a caminho.
Fez o seu curso de Bacharel em Teologia no Seminário Presbiteriano do Sul em Campinas-SP no período de 1978 a 1981 e o seu Doutorado em Ministério no Reformed Theological Seminary, em Jackson, Mississippi, nos Estados Unidos no período de 2000 a 2001.
Foi pastor da Primeira Igreja Presbiteriana de Bragança Paulista no período de 1982 a 1984 e desde 1985 é o pastor titular da Primeira Igreja Presbiteriana de Vitória. Também é membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil, diretor executivo da Luz para o Caminho e pastor colaborador da Igreja Presbiteriana de Pinheiros em São Paulo.
É conferencista e escritor, com mais de 150 livros publicados.