Os pecados de Geazi

Eliseu serviu a Elias e imitou o seu senhor, desejando espírito dobrado dele. Geazi serviu a Eliseu, mas não imitou o seu senhor. Eliseu deu sequência ao ministério de Elias, seu senhor; Geazi foi sentenciado de lepra por desonrar o seu senhor. Geazi foi testemunha de vários milagres operados por Deus por intermédio de Eliseu, mas ele mesmo não foi transformado ao contemplar essas maravilhas. A marca de sua vida foi a ganância, a mentira e o descontentamento.
Em primeiro lugar, um homem rendido à ganância (2Reis 5:19,20). Naamã, o comandante do exército da Síria foi curado da lepra e como gratidão pelo milagre recebido ofereceu a Eliseu um presente e instou com ele para que recebesse (2Reis 5:15). Eliseu, porém, recusou (2Reis 5:16). Naamã havia levado para Israel dez talentos de prata (350 quilos), seis mil siclos de ouro (60 quilos) e dez vestes festivais. Era uma espécie de carregamento de coisas preciosas. Quando Geazi percebeu que Eliseu não aceitou coisa alguma das mãos de Naamã, passou a cogitar a possibilidade de não perder a oportunidade de auferir vantagens financeiras. O comandante da Síria, agora curado, não poderia voltar com todos esses tesouros para sua terra, pensou Geazi. Ele desejava ardentemente o que Eliseu se recusou a receber. A ganância falou mais alto em seu coração. Ele estava pronto a romper barreiras morais e espirituais para alcançar o seu propósito de auferir vantagens financeiras das mãos de Naamã. A ganância de Geazi revelava que seu coração estava no dinheiro e não em Deus. Que seu contentamento não era o Senhor, mas os bens materiais.
Em segundo lugar, um homem prisioneiro no laço da mentira (2Reis 5:21-26). Geazi correu atrás da comitiva de Naamã. Quando este o avistou, saltou do carro para encontrá-lo, perguntando sobre seu bem-estar. Então, Geazi contou uma história mentirosa, envolvendo o profeta Eliseu, pedindo um talento de prata e duas vestes festivais. Naamã deu mais do que Geazi solicitou. Deu dois talentos de prata, ou seja, 70 quilos de prata e duas vestes festivais. Ainda enviou dois servos para levar a carga preciosa. Geazi cuidadosamente guardou o produto da ganância e o fruto da mentira na casa, despedindo os dois servos de Naamã. A mentira contada tornou-se mentira revelada. O profeta Eliseu perguntou-lhe de onde ele havia vindo? Geazi mentiu para o profeta, dizendo que não tinha ido a parte alguma. Eliseu desmascarou o mentiroso e afirmou que seu espírito tinha ido com ele quando Naamã voltou de seu carro a encontrá-lo. Eliseu reprovou a atitude de Geazi, dizendo que não era ocasião oportuna para ele tomar haveres das mãos de Naamã, sobretudo, usando a estratégia da ganância e motivado pela mentira. As máscaras de Geazi caíram. Ele foi apanhado no flagrante de seu pecado. Seu coração avarento foi descoberto. Sua mentira foi exposta. Seu pecado escondido veio à tona.
Em terceiro lugar, um homem que recebeu a merecida punição do seu erro (2Reis 5:27). O leproso da Síria voltou curado para sua terra, mas Geazi, o moço de Eliseu, ficou leproso. A lepra de Naamã se apegou a ele e à sua descendência para sempre. O corpo de Geazi foi tomado pela lepra imediatamente e ele saiu de diante de Eliseu leproso, banco como a neve. Geazi por um momento conseguiu esconder o seu pecado, mas não conseguiu esconder por um momento sequer as consequências do seu pecado. O pecado é maligníssimo. É um embuste. Promete liberdade e escraviza; promete alegria e entristece; promete vida e mata. As consequências do pecado de Geazi respingaram na sua família. Toda a sua descendência ficou leprosa. Que os pecados de Geazi sejam um solene alerta à nossa geração.
Rev. Hernandes Dias Lopes
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