09/05/2025

A gloriosa doutrina da eleição

“Assim como nos escolheu nele, antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele” (Ef 1:4).

A eleição é uma doutrina combatida por uns, não compreendida por outros e não enfatizada por tantos. Entrementes, é um das verdades mais gloriosas e consoladoras das Escrituras. O texto em tela destaca algumas verdades preciosas:

Em primeiro lugar, o autor da eleição. Deus, o Pai, é o autor da eleição. É ele quem nos predestinou antes dos tempos eternos (2Tm 1:9). É ele quem nos escolheu antes da fundação do mundo (Ef 1:4). É ele quem nos amou com amor eterno (Jr 31:3). Não fomos nós quem o escolhemos; ele nos escolheu. Não fomos nós que o amamos; ele nos amou primeiro. Ele escolheu-nos soberanamente. Sua escolha é incondicional.

Em segundo lugar, o tempo da eleição. O veterano apóstolo Paulo declara que ele nos escolheu antes da fundação do mundo (Ef 1:4), antes dos tempos eternos (2Tm 1:9), desde o princípio (2Ts 2:13). Portanto, a eleição é baseada no beneplácito de Deus e não em nossas obras. É expressão da graça divina e não do mérito humano.

Em terceiro lugar, o agente da eleição. Deus nos escolheu em Cristo. Não há salvação em qualquer outro nome (At 4:12). Só ele é a porta do céu, o caminho para Deus, o Mediador entre Deus e os homens. O mesmo Deus que predestina, chama, justifica e glorifica. Aqueles a quem o Pai escolheu na eternidade são chamados para a fé e chamados eficazmente (At 13:48). A fé não é a causa da eleição, mas seu fruto. A eleição é mãe da fé. Não fomos eleitos porque cremos; cremos porque fomos eleitos. A fé é consequência da eleição e não a causa.

Em quarto lugar, o propósito da eleição. O propósito da eleição é sermos santos e irrepreensíveis. A santidade não é a causa da eleição, mas seu resultado. A irrepreensibilidade não é a causa da eleição, mas sua consequência. As boas obras não são a causa da eleição, mas seu fruto. Aqueles que afirmam que os eleitos estão seguros não importa a maneira como vivem estão equipados. Deus nos salva do pecado e não no pecado. A santidade é a evidência da eleição. A Escritura diz: “E assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que fizeram novas” (2Co 5:17).

A eleição inspira louvor (Ef 1:3,4). A eleição infunde certeza e encorajamento (Rm 8:33-37). A eleição é a base para o apelo ético (Cl 3:12). Que nosso coração se alegre em Deus por tão grande salvação e que nossos lábios se abram para uma santa doxologia ao Deus Pai que nos escolheu, ao Deus Filho que nos redimiu e ao Deus Espírito Santo que nos selou para o dia da redenção.

Rev. Hernandes Dias Lopes